O "flâneur" - III (Territórios Informacionais e Mídias Móveis)

Ubiqüidade -refere-se à possibilidade de estar em
vários lugares ao mesmo tempo. Por
“computação ubíqua” ou “pervasiva”,
compreende-se a disseminação dos
computadores em todos os lugares.

A “computação pervasiva”

está diretamente ligada à idéia de
ubiqüidade, e se caracteriza pela
introdução de chips em equipamentos e
objetos que passam a trocar
informações.

A “computação sensiente”refere-se à possibilidade de
interconexão de computadores e
objetos através de sensores que
passam a se reconhecer de maneira
autônoma e a trocar informações.


Espaço híbrido de ‘território Informacional’”

“A realidade é mista, pois mistura
inextricavelmente o mundo virtual feito de
bits de informação com o mundo da
matéria física.”

“É também realidade aumentada, pois objetos
cotidianos e lugares estão sendo aumentados
com processamento de informação que
dilatam sua disponibilidade (affordance).”

“Como todo processo sociotécnico, as mídias locativas

são um conjunto híbrido de atores
humanos e não humanos em meio a
um contexto local.”
“[o local] passa a ser dotado de
características informacionais pela intersecção de
suas dimensões físicas, imaginárias,
históricas, culturais, econômicas com a
nova camada informacional.”
“...os serviços baseados em localização
implicam modos específicos de mediação, e esta caracteriza o
relacionamento comunicacional como
espaço, redefinindo os usos dos lugares.”

“Paul Adams explica, em Geographies of Media and
Communication, que a comunicação não é
uma mera coletânea de objetos, mas
um modo de vida.”“A definição já é suficiente para
pensarmos em diversas implicações da
espacialidade sobre a comunicação e
vice-versa. ”

Diversos tipos de mapas

“a) Problemas urbanos: neste
grupo, situam-se os mapas que servem à
anotação espacial de problemas urbanos
diversos.”“Embora definir o que é problema urbano seja algo
muito amplo ...pretendemos aqui ressaltar o caráter
de adoção e zelo do espaço público que essas
iniciativas carregam, num claro movimento de
clamar o direito à cidade”


“b) Subjetividade e senso de lugar: aqui
se agrupam exemplos baseados numa mescla
entre a infraestrutura, a topografia e o que há de
intimamente significante para as pessoas...”“... – entendemos lugar, pois, como o
espaço dotado de significados, pessoais ou
coletivos ...”“Como exemplo, podemos citar mapeamentos
de sons (Save our Sounds), relações sexuais (I
Just Made Love) e até emoções (Mappiness)”“Falar de subjetividade e senso de lugar nos
remete, portanto, a uma apreensão e uma
reconfiguração do espaço urbano de tal modo
que seja possível fugir de seu uso
racional.”

“c) Facilidades e equipamentos
urbanos: aqui se encontram aqueles que
localizam elementos de interesse do cidadão ...
apresentam um viés mais utilitarista ...
servindo de apoio às atividades que os cidadãos
realizam em seus espaços. .”“Encontramos aqui mapeamento de festivais de
música (Festivais de Música Independente), de redações de jornais(Newspaper Map), de postos de combustível (Guia de Postos), de ciclovias (Pedalando em Recife, Bike Map) e de redes sem fio de acesso à Internet (Sinal 3G 29, Wi-Fi Salvador).”
 

“d) Ferramentas de edição cartográfica:
neste grupo estão identificados projetos a lidar
não com a localização de estruturas ou eventos,
mas diretamente com a manipulação da
topografia.“...esses mapas mostram não o que há de errado
ou problemático, mas sim aquilo que se encontra
em pleno funcionamento e que pode vir a ser útil
para a população.”“...os de base cartográfica editável, quando os
usuários podem realizar modificações em
diversos elementos do território
(OpenStreetMaps, Google MapMaker)...”“...os não-editáveis...e, em cima
destes, são criados outros serviços
para produção de mapas temáticos
personalizados, como Wikimapps,
Crowdmap, Umapper e
GeoCommons”


“e) Redes sociais móveis: Vale, por fim,
fazer referência às chamadas redes sociais
baseadas em localização ...categoria que
ganha relevância diante de exemplos como
Foursquare, Gowalla e Facebook Places”




Paulo V.B.de Sousa. Cartografia 2.0 - Pensando o Mapeamento Participativo na Internet p. 49

André Lemos. Você está aqui! Comunicação & Sociedade, Ano 32, n. 54, p. 5-29, jul./dez. 2010 P. 9



André Lemos. Você está aqui! Comunicação & Sociedade, Ano 32, n. 54, p. 5-29, jul./dez. 2010 P. 9



Lucia Santaella. A Ecologia Pluralista da Comunicação. P. 152




Lucia Santaella. A Ecologia Pluralista da Comunicação. P. 152